Fundador do grupo Wagner ordena não fazer mais prisioneiros, mas 'matá-los'
O fundador do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse que suas tropas que lutam na cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, não farão mais prisioneiros ucranianos, mas os matarão.
Prigozhin reagiu assim à divulgação de um áudio, publicado em uma conta do Telegram que apoia o grupo Wagner, de uma suposta conversa entre soldados ucranianos que ordenaram a execução de um combatente do grupo paramilitar feito prisioneiro.
A AFP não conseguiu confirmar a autenticidade desta gravação.
"Não sabemos o nome do nosso homem ferido que foi abatido por miseráveis ucranianos. Mas vamos matar todos no campo de batalha", disse Prigozhin em uma mensagem de áudio publicada no domingo por seu serviço de imprensa no Telegram.
"Quando você faz um prisioneiro, você começa a cuidar dele, você o cura, você não o machuca, e você o manda para casa depois de um tempo de negociações", disse Prigozhin.
O grupo Wagner, acusado de inúmeros abusos nas diferentes áreas de atuação em que esteve implantado em vários países, está atualmente na linha de frente na batalha de Bakhmut, no leste da Ucrânia.
Desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, Kiev e Moscou trocam acusações de maus-tratos a prisioneiros, o que constitui crimes de guerra.
Em meados de abril, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, denunciou os atos de "monstros" russos depois que um vídeo chocante foi postado nas redes sociais mostrando a decapitação de um suposto prisioneiro de guerra ucraniano.
Prigozhin rejeitou as acusações feitas por uma ONG e um desertor de seu grupo de que os algozes do soldado ucraniano eram membros do grupo Wagner.
I. Johansson--BTZ