Adiada audiência de membro da Guarda Nacional acusado de vazar documentos dos EUA
Um membro da Guarda Nacional dos Estados Unidos, acusado de divulgar documentos sigilosos do Pentágono, se apresentou brevemente, nesta quarta-feira (19), perante um juiz e sua audiência de custódia foi adiada em duas semanas.
Jack Teixeira, de 21 anos, se apresentou perante uma corte federal de Boston para renunciar ao direito a uma audiência preliminar.
"Sim, sua senhoria", respondeu Teixeira, que vestia o macacão laranja dos presidiários, quando o juiz lhe perguntou se era sua decisão renunciar à audiência.
Um comparecimento em separado foi adiado depois que seu advogado disse que "precisa de mais tempo para abordar as questões apresentadas pelo pedido de prisão do governo".
A nova data não foi marcada, embora a defesa tenha pedido um adiamento de suas semanas.
Teixeira, especialista em telecomunicações da Guarda Nacional Aérea, é acusado de ter realizado o maior vazamento de documentos sigilosos da Inteligência americana em uma década.
Os documentos demonstraram a preocupação dos Estados Unidos na capacidade da Ucrânia de se defender da invasão russa e revelaram que Washington espionou seus aliados, Israel e Coreia do Sul.
Teixeira foi preso na semana passada, acusado de "retenção e transmissão não autorizadas de informação de defesa nacional" e de "subtração e retenção não autorizadas de documentos ou material secreto".
Ele pode ser sentenciado a penas de 10 a 15 anos de prisão, respectivamente, pelos crimes dos quais é acusado. Teixeira ainda não se declarou culpado ou inocente.
Ele é acusado de ter publicado os documentos em um chat privado na plataforma de redes sociais Discord. Vários apareceram em outros sites, como Twitter, 4Chan e Telegram.
Teixeira tinha autorização desde 2021 para acessar documentos altamente sigilosos.
F. Burkhard--BTZ