Centenas de pessoas homenageiam na França professor morto a facadas
Centenas de pessoas se reuniram neste domingo (15), em Arras, no norte de França, em memória de Dominique Bernard, um professor francês morto a facadas na sexta-feira por um ex-aluno da instituição, em um ataque islâmico que levou o país a reforçar a segurança.
O ataque, cometido por um ex-estudante de nacionalidade russa, de 20 anos, que já havia sido fichado por radicalização, também deixou três feridos. O presidente da França chegou a chamar o ocorrido de "terrorismo islâmico".
A tragédia gerou enorme comoção, principalmente no setor da educação, já afetada pelo assassinato de outro professor, Samuel Paty. Este último foi decapitado em 16 de outubro de 2020 por mostrar charges de Maomé em sala de aula.
Nos centros educacionais da França, fez-se um minuto de silêncio neste domingo, às 12h GMT (9h em Brasília), em homenagem às vítimas do atentado.
A França, que está desde sexta-feira em seu nível de alerta mais por risco de atentado, mobilizou 7.000 soldados até segunda-feira.
No sábado, o medo de um atentado levou à evacuação do Museu do Louvre e, mais tarde, do Palácio de Versalhes, devido a vários alarmes falsos.
Desde sua detenção, Mohammed Mogouchkov, que teria gritado "Allah Akbar", segundo testemunhas, não explicou suas motivações para o ataque, disse uma fonte policial à AFP.
Recentemente, foi seguido pela Direção Geral da Segurança Interna (DGSI), de acordo com o ministro francês do Interior, Gerald Darmanin, pelos vínculos com seu pai, também autuado por sua radicalização e expulso em 2018; e com seu irmão, preso por sua participação em uma tentativa de atentado contra o Palácio Eliseu.
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Y. Rousseau--BTZ