'O Senhor dos Anéis' ganha adaptação em anime com 'A Guerra dos Rohirrim'
Sem elfos, anões ou hobbits, "O Senhor dos Anéis" retorna às telonas neste mês com um novo filme japonês em estilo anime, uma obra que se concentra nos guerreiros humanos do universo fictício de J.R.R. Tolkien.
Nos cinemas em dezembro, "O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim" se passa quase dois séculos antes dos eventos narrados nos premiados filmes de Peter Jackson, os quais são adaptações dos livros de Tolkien.
Mas, ao contrário das primeiras produções de "O Senhor dos Anéis", ou dos decepcionantes filmes de "O Hobbit" que se seguiram, desta vez não há anéis mágicos ou poderosos cavaleiros vestidos de preto.
"Se você observar a trilogia original, está falando de hobbits, elfos, anões e monstros", disse o diretor Kenji Kamiyama em uma recente coletiva de imprensa.
Em vez disso, o novo filme está "enraizado no drama e na emoção humana (...) na ganância e no poder", explicou o japonês, que trabalhou em versões animadas de "Guerra nas Estrelas" e "Blade Runner".
Os cineastas exploraram as diversas histórias que Tolkien escreveu como notas de rodapé para seus amados romances.
Logo, encontraram uma breve descrição de uma guerra civil entre um rei e um cavaleiro rebelde.
- "Mandona" -
"A Guerra dos Rohirrim" se passa em Rohan, o reino de guerreiros cavaleiros com aparência viking, que se destacaram no filme de Jackson de 2002 "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres".
O filme revisita locais chave daquela produção, como o épico campo de batalha de Helm's Deep, e é narrado por Miranda Otto, que interpretou uma heroica guerreira rohan na trilogia de Jackson.
A trama começa com o ambicioso lorde Freca conspirando para casar seu filho com Hera, a filha do rei de Rohan.
Quando o orgulhoso monarca rejeita desdenhosamente a oferta, Freca se rebela contra o trono, mas é mortalmente abatido.
Exilado, o filho promove uma rebelião que desencadeia uma guerra catastrófica no reino.
Embora seja parte central do conflito, Tolkien nem se deu ao trabalho de dar um nome à princesa em suas notas de rodapé.
Mas a roteirista Phillipa Boyens, que também participou das trilogias de "O Senhor dos Anéis" e "O Hobbit", ficou fascinada pela ideia de expandir esta personagem misteriosa, que testemunha e conecta os vários heróis, vilões e batalhas do novo filme.
"Não queríamos que fosse uma princesa guerreira, super-heroína, mandona", disse Boyens.
"Queríamos que ela parecesse real. Ela é muito curiosa, comete erros."
Jackson atuou como produtor executivo para este novo projeto, mas "se afastou" do trabalho diário, incentivando Kamiyama a colocar sua marca de anime no filme, de acordo com Boyens.
"Em relação à história, obviamente queríamos permanecer fiéis ao universo de Tolkien", disse Kamiyama. "Mas ao mesmo tempo, permanecer fiéis ao que fazemos melhor, que é fazer anime."
S. Soerensen--BTZ