Canadense é condenado à prisão perpétua por feminicídios em série de indígenas
Um canadense que estuprou e assassinou quatro mulheres indígenas, desmembrou seus corpos e os jogou em contêineres de lixo, foi condenado nesta quarta-feira (28) à prisão perpétua.
Jeremy Skibicki, 37 anos, foi considerado culpado no mês passado por assassinatos de primeiro grau em Winnipeg, Manitoba, depois que a defesa não conseguiu provar que uma doença mental limitava sua capacidade de cometer os crimes.
Acusando-o de "desumano e bárbaro" em seu veredicto por escrito, o juiz Glenn Joyal condenou Skibicki a quatro sentenças simultâneas de prisão perpétua - sem possibilidade de liberdade condicional durante 25 anos - em um caso visto por muitos como um símbolo da situação das mulheres aborígenes no Canadá, onde são alvos de uma violência desmedida.
O 'serial killer' atacou mulheres nativas americanas que conheceu em abrigos para moradores de rua entre março e maio de 2022.
Ele as levava para seu apartamento para agredi-las sexualmente, antes de estrangulá-las ou afogá-las em sua banheira e, em seguida, realizar outros atos sexuais com seus corpos.
Acredita-se que os restos mortais de suas vítimas, Morgan Harris e Marcedes Myran, tenham ido parar em um aterro sanitário, que está sendo revistado, ao norte da cidade. Os restos parciais de outra vítima, Rebecca Contois, foram encontrados em uma lixeira em Winnipeg e em outro aterro sanitário.
O corpo de uma quarta mulher não identificada, na casa dos 20 anos, que Skibicki confessou ter matado junto com as outras, continua desaparecido.
As mulheres aborígenes representam cerca de um quinto de todas as mulheres mortas em casos relacionados a gênero no Canadá, apesar de representarem apenas 5% da população feminina.
I. Johansson--BTZ