Onda de peregrinos muçulmanos deixa Meca após o hajj
Milhares de peregrinos deixaram Meca, a cidade mais sagrada do Islã ao oeste da Arábia Saudita, nesta sexta-feira (30) depois de participarem da grande peregrinação muçulmana hajj - sob um calor insuportável.
Mais de 1,8 milhão de peregrinos realizaram o hajj este ano, um dos cinco pilares do Islã e uma das maiores reuniões religiosas do mundo.
Dois dias após o último grande ritual, na sexta-feira, milhares de pessoas inundaram as estradas - a pé ou de ônibus - para saírem dos locais sagrados, informou um correspondente da AFP.
Os peregrinos tiraram suas vestes brancas depois de dar sete voltas ao redor da Caaba, uma estrutura cúbica preta no coração da Grande Mesquita de Meca, onde muçulmanos de todo o mundo se reúnem para rezar.
"Estou muito feliz por ter completado a peregrinação sem problemas", disse Mohamad Al Bashir, um motorista tunisiano de 47 anos que recitava suas últimas orações antes de deixar o local.
Esta grande peregrinação gerou um grande tumulto, em 2015, que deixou cerca de 2.300 mortos.
As temperaturas extremas deste ano - que chegaram em até 48ºC - dificultaram os dias dos peregrinos, sobretudo dos idosos.
Os peregrinos voltaram à Meca após três anos de restrições devido à pandemia da covid-19.
Mais de duas mil pessoas sofreram estresse térmico, segundo autoridades sauditas, mas o número real de casos de estresse por calor - incluindo ataques cardíacos, exaustão, cãibras e erupções cutâneas - provavelmente será maior, já que muitas pessoas não foram admitidas nas unidades de saúde.
Dados divulgados por vários países, em específico pela Indonésia, indicaram que pelo menos 230 pessoas morreram durante a peregrinação, sem especificar as causas.
No auge da pandemia, em 2020 e 2021, o país do Golfo reduziu o número de participantes em alguns milhões, em comparação com os 2,5 milhões de peregrinos em 2019.
O índice chegou a 926 mil participantes em 2022, embora esta peregrinação tenha sido proibida para maiores de 65 anos.
O. Larsen--BTZ