Suprema Corte dos EUA suspende execução de réu em Oklahoma
A Suprema Corte dos Estados Unidos concedeu, nesta sexta-feira (5), a suspensão temporária da execução de um homem condenado por homicídio cujo caso motivou pedidos de clemência do papa Francisco e de estrelas de Hollywood.
Richard Glossip, de 60 anos, deveria ter sido executado com injeção letal em 18 de maio, mas a mais alta corte do país suspendeu a sentença enquanto analisa o caso.
A decisão foi tomada depois que o procurador-geral de Oklahoma, um republicano, em uma manobra incomum pediu à corte para suspender a execução por dúvidas sobre a imparcialidade do julgamento.
Com base em um testemunho controverso, Glossip foi condenado em 1997 pela morte do dono de um motel em Oklahoma City, mas manteve sua declaração de inocência.
Glossip, que trabalhava no motel, foi considerado culpado de contratar outro funcionário do estabelecimento, Justin Sneed, que tinha 19 anos na ocasião, para cometer o homicídio.
A condenação de Glossip ocorreu pelo testemunho de Sneed, que se declarou culpado e pôde negociar a prisão perpétua ao ressaltar que seu colega era o mentor do plano.
Atores como Mark Ruffalo e Susan Sarandon, assim como o bilionário britânico Richard Branson estão as celebridades que defenderam a vida de Glossip.
Em 2015, quando a execução do réu parecia iminente, o representante do papa Francisco nos Estados Unidos enviou uma carta em nome do pontífice ao então governador de Oklahoma pedindo a suspensão da pena de morte.
Seu caso também foi tema de uma série documental de quatro capítulos, chamada "Killing Richard Glossip".
D. Meier--BTZ