Israel tem novas manifestações contra reforma judicial
Dezenas de milhares de israelenses protestaram neste sábado (22) à noite em Tel Aviv, pela 16ª semana consecutiva, contra a reforma judicial planejada pelo governo de Benjamin Netanyahu, que consideram um risco para a democracia.
Os manifestantes se reuniram em Tel Aviv e outras cidades do país, como Haifa, três dias antes do Dia da Lembrança (terça-feira, 25), em homenagem aos soldados israelenses mortos e às vítimas do terrorismo. Na quarta-feira, também serão comemorados os 75 anos da fundação do Estado de Israel.
Em Tel Aviv, alguns manifestantes carregavam cartazes que diziam: "Defenderemos aquilo pelo que caíram", em referência aos soldados mortos em combate.
A manifestação de Tel Aviv - maior cidade do país - reuniu dezenas de milhares de pessoas, verificou um jornalista da AFP. A polícia não fornece números oficiais sobre o número de participantes de protestos.
Além disso, para este domingo e terça-feira, também foram convocadas marchas em Tel Aviv contra a reforma judicial.
Os apoiadores da reforma, por outro lado, planejam se manifestar na quinta-feira à noite.
Desde que o projeto de reforma foi anunciado, em janeiro, dezenas de milhares de pessoas protestam todas as semanas contra ele.
Em 27 de março, o governo formado em dezembro por Netanyahu anunciou uma "pausa" legislativa para dar uma "oportunidade [...] ao diálogo".
O Executivo estima que a medida servirá para equilibrar o poder entre o Parlamento e a Suprema Corte, tachada de politizada pela atual coalizão governamental, a mais direitista da história de Israel.
Mas os opositores consideram que a reforma poderia empurrar o país para um modelo iliberal ou autoritário.
Y. Rousseau--BTZ