Diplomacia do panda de volta: China envia dois ursos a Washington
Pequim entregará novamente dois pandas gigantes ao Zoológico Nacional de Washington até o final do ano, disseram, nesta quarta-feira (29), a primeira-dama americana, Jill Biden, e autoridades, em um anúncio surpresa que marca uma nova era na diplomacia dos pandas entre as duas superpotências.
“Estamos entusiasmados para que as crianças próximas e de longe possam mais uma vez desfrutar das adoráveis e alegres aventuras dos pandas gigantes em nosso @NationalZoo”, postou a primeira-dama na rede social X.
A China enviará um novo casal chamado Bao Li e Qing Bao sob um acordo de reprodução e pesquisa de 10 anos, informou o zoológico em comunicado, comemorando um “momento histórico” que demonstra os benefícios de sua parceria com Pequim.
"Estamos entusiasmados em anunciar que o próximo capítulo de nossa parceria de criação e conservação começa com a recepção em Washington, DC, de dois novos ursos, incluindo um descendente de nossa amada família de pandas", disse Brandie Smith, do Zoológico Nacional e Instituto de Biologia e Conservação Smithsonian.
“Este momento histórico é uma prova positiva de que a nossa colaboração com os colegas chineses teve um impacto irrefutável”, acrescentou.
Em meio às crescentes tensões entre Washington e Pequim, apenas um punhado dos icônicos ursos pretos e brancos permanece nos Estados Unidos, três dos quais deixaram o Zoológico Nacional de Washington há seis meses.
Mas o presidente Xi Jinping disse, depois de se encontrar com seu homólogo Joe Biden em uma cúpula na Califórnia em novembro passado, que a China poderia enviar novos pandas como “enviados da amizade entre os povos chinês e americano”.
A Casa Branca afirmou que ficaria feliz em ter mais exemplares destes animais, também chamados de ursos mastigadores de bambu.
A China utiliza a chamada “diplomacia do panda” desde 1972, quando os primeiros animais foram enviados como presente aos Estados Unidos, após a visita histórica do então presidente Richard Nixon ao país comunista.
Mas as relações tensas entre as superpotências rivais nos últimos anos levaram Pequim a requisitar a volta de alguns pandas para o território chinês.
D. Wassiljew--BTZ